quarta-feira, 30 de março de 2011

RAULSEIXISMO

eu sempre entendi que raulseixismo pode ser um novo tipo de estilo musical, mas como pode ser tbm uma mistura maluca que fica beleza, porque por mais estranho que seja Raul seixas não tem só rock, ele fez axé, Baião, rap(fim do mês), samba, marchinhas de Carnaval,musica de umbanda, psicadélico e ate regue mas esses são alguns, devem ter mais vários estilos misturados que eu não me lembro.O único cantor que eu conheço que fez isso foi o Raul, o cara que juntou tudo numa coisa louca.

terça-feira, 29 de março de 2011

PARÓDIA

eu fiz uma paródia para o dia da agua pra minha escola( so Raul) abaixo o resultado.

Paródia ‘’ÁGUA PRA TOLO’’(Yago Baggio) musica’’ouro de tolo’’ (Raul Seixas)

Eu devia estar contente porque eu tenho água encanada

Sou o sujeito da classe que gasta

E troco a água da piscina uma vez por mês

Eu devia agradecer ao DAERP

Por ter água e esgotos tratados na minha residência

Eu devia estar feliz por tomar banho de banheira mais uma vez

Eu devia estar alegre e satisfeito

Por me banhar em Ipanema

Enquanto o povo da África

Esta a muito tempo vivendo em uma condição escandalosa

(ahh)Eu devia estar sorrindo e orgulhoso

Pelos momentos felizes que passei gastando água de minha VILA

Mas se essa situação continuar, daqui a pouco

Eu e você estaremos vivendo em uma condição um tanto quanto impiedosa

Eu devia estar contente por ver o povo brincando na água,

Mas confesso abestalhado que eu estou decepcionado.

Por que foi tão difícil conseguir e agora eu lhe pergunto ‘’idai?’’

Eu tenho uma opção de maneiras diferentes de salvar o mundo

E eu não posso ficar aqui parado.

Eu devia estar feliz pelo senhor ter me concedido

O sábado para ir com meu filho pro quintal

Gastar água lavando o carro

Ahh mais que pensamento ecológico o meu

Que não aceita gastar água com carro,chuveiro,piscina,quintal e torneira

Eu acho tudo isso desnecessário.

É você se olhar no espelho

Se sentindo sem querer um destruidor da natureza

Achar que é normal gastar água lavando o carro em seu quintal

E você ainda acredita que vai ter filhos, netos e bisnetos

Sem contribuir pra essa beleza natural

[EU É QUE NÃO ME ESPERO SEM ECONOMIZAR, VIVER PARA VER

MINHAS GERAÇOES FUTURAS A ESTE PLANETA CHEGAR

PORQUE LONGE DE OCEANOS E RIOS QUE CADA VEZ ESTÃO BEM MENORES

NA TORNEIRA CALMA DA MINHA CASA SE VÊ,UM GESTE SIMPLES MAS UM TANTO QUANTO INOVADOR.](repete refrão)

segunda-feira, 28 de março de 2011

SESSAO DAS DEZ

Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10 é um álbum do cantor e compositor brasileiro Raul Seixas. Foi gravado em 1971 nos estúdios da CBS, no Rio de Janeiro por Seixas e pelo compositor capixaba Sérgio Sampaio, o cantor, dançarino e ator Edy Star (então conhecido apenas como Edy) e a cantora paulista Míriam Batucada.
FAIXAS--
  1. "Êta Vida" (Raul Seixas/Sérgio Sampaio) – 2:28 Cantam: Raul Seixas e Sérgio Sampaio
  2. "Sessão das Dez" (Raul Seixas) – 2:44 Canta: Edy Star*
  3. "Eu Vou Botar Pra Ferver" (Sérgio Sampaio/Raul Seixas) – 2:25 Cantam: Sérgio Sampaio e Raul Seixas
  4. "Eu Acho Graça" (Sérgio Sampaio) – 2:49 Canta: Sérgio Sampaio
  5. "Chorinho Inconsequente" (Sérgio Sampaio/Erivaldo Santos) – 1:56 Canta: Miriam Batucada
  6. "Quero Ir" (Raul Seixas/Sérgio Sampaio) – 2:20 Cantam: Raul Seixas e Sérgio Sampaio
  7. "Soul Tabarôa" (Antônio Carlos/Jocáfi) – 2:44 Canta: Miriam Batucada
  8. "Todo Mundo Está Feliz" (Sérgio Sampaio) – 2:56 Canta: Sérgio Sampaio
  9. "Aos Trancos E Barrancos" (Raul Seixas) – 2:27 Canta: Raul Seixas
  10. "Eu Não Quero Dizer Nada" (Sérgio Sampaio) – 3:06 Canta: Edy Star*
  11. "Dr. Paxeco" (Raul Seixas) – 3:11 Canta: Raul Seixas
  12. "Finale" (vinheta) – 0:29 Raul Seixas, Sérgio Sampaio, Edy Star* e Miriam Batucada

INTEGRANTES--
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RAUL SEIXAS
SÉRGIO SAMPAIO
EDY STAR
MIRIAN BATUCADA

domingo, 27 de março de 2011

ultima entrevista de Raul

ENTREVISTA CONCEDIDA AO PROGRAMA DO JO EM 1989

Entrevista com Raul Seixas e Marcelo Nova cedida ao Programa Jô Soares Onze e Meia em 1989.

Jô - Eles cozinham na mesma panela: um é meio bruxo e nasceu há 10 mil anos, e o outro é seu companheiro e parceiro. Eu vou chamar Raul Seixas e Marcelo Nova.

E aí Raul, como é que é o negócio: você é ele ontem ou Marcelo é você amanhã?

Raul -(risadas) Eu estou muito satisfeito em trabalhar com Marcelo Nova. É uma pessoa que tem a mesma metafísica que eu.

Jô - Quer dizer que cozinham realmente na mesma panela?

Raul - Sim, na mesma panela.

Jô - Marcelo, e você...é realmente Maluco por Beleza? Marcelo - Sim, claro. E é coisa gozada porque nós dois somos de Salvador. A gente não é da turma do dengo, mas somos baianos, somos baianos do outro lado.

Raul - Não somos da turma do dengo.(risadas)

Marcelo - E nos anos 60, eu tinha 14 anos, Raul devia ter uns 20 anos e poucos, e ele tinha uma banda chamada Raulzito e seus Panteras. E eu ia lá para a primeira fila assistir a história. E 20 e tantos anos depois a gente está cozinhando na mesma panela.

Jô - Quais são as características principais de um Maluco Beleza, hein Raul?

Raul - (risadas) Isso foi nos anos 70. Eu era Maluco beleza. Hoje em dia eu não falo muito, eu penso. Penso mais do que falo.

Jô - Mas você acha que quando falava muito deu problema para você...falar muito nos anos 70?

Raul - Deu muito problema para mim. Eu fui expulso do país.

Jô- Em que ano você foi expulso?

Raul - 74. Na época do Geisel.

Jô - E foi para onde?

Raul - Nova Iorque. Encontrei John Lennon em Nova Iorque

Jô - E como foi tua barra em Nova Iorque? Como é que era a vida lá?

Raul - Bem, eu estive com John Lennon quando ele estava separado da Yoko Ono num apartamento que ele alugou. O apartamento era grande. eu fui com um cara do Cruzeiro. O segurança dele botou o cara para fora. Eu já tinha escrito cartas para ele falando da Sociedade Alternativa, e foi por este motivo que eu fui posto para fora do país. Queriam saber quem eram os donos da Sociedade quando era apenas uma música (risadas).Fiquei três dias na casa de Lennon, conversamos sobre os donos do planeta Terra. As pessoas que fizeram a cabeça do Planeta Terra. Jesus Cristo, pessoas ilustres (risadas).

Jô - Pessoas altamente ilustres, né?

Raul - Pessoas ilustres... E ele me perguntou quem é que tinha no Brasil de grande figura. Nós conversamos sobre Calígula, sobre todas essas pessoas incríveis e, quando ele perguntou do Brasil eu não tinha ninguém para dizer! Aí disse Café Filho. Aquelas coisas quando a gente fica nervoso não sabe o que dizer (risadas)...

Jô - Imagine o John Lennon ouvindo isto... Coofee Filho??? (risadas)
]
Raul - É, eu disse não é nada, não.

Jô - Raul, em Nova Iorque a barra chegou a pesar? O negócio do lixo. Como é que era esse negócio do lixo que você estava contando aqui?

Raul - Ah! do lixo... Três horas da manhã eu me vi numa viela perdido em Nova Iorque e tinha um palhaço comendo lixo...

Jô - Um palhaço!!!?

Raul-É um palhaço muito bonito, bem vestido, comendo lixo. E ele me convidou assim(faz um gesto cordial) para ir comer o lixo com ele. E eu comi o lixo com ele...(risadas) Não... mas o lixo de Nova Iorque é gostoso!

Jô - É um lixo comível?

Raul - É um lixo comível.(risadas)

Jô - Você lembra o que é que tinha no lixo ou não?

Raul - Catchup. (risadas)

Jô - Muito catchup! Agora, catchup no lixo não vira um pouco comida de vampiro, não Raul?

Raul - Naquela época eu tinha que ser vampiro mesmo (risadas)

Jô - O que pintasse?

Raul - É, o que pintasse tava dando. Eu estava vivendo...sobrevivendo em New York.

Jô - Eu me lembro de você fazendo um show que eu fui assistir no teatro Teresa Raquel. Era um show extraordinário.

Raul - Em 73, né?

jô - Foi...72...73. Eu sei que tinha um lado muito moleque, muito irreverente. E você na época dizia coisas no palco sobre o disfarce do roqueiro que as outras pessoas não podiam dizer fora da música, né?

Raul - Sim...

Jô - Aliás, neste dia estava comigo meu amigo Paulo Pontes e ele me disse: "Esse rapaz diz uma porção de coisas que se a gente quiser escrever numa peça de teatro na hora é proibido."

Raul - Eu sempre tive problema com a censura. Até hoje eu tenho 11 músicas censuradas, eles olham minha obra de cima para baixo. Sacodem para ver se sai alguma coisa.

Jô - Mas até hoje isso continua?

Raul - Até hoje. É uma coisa terrível!

Jô - E o rock. O rock está vivo no Brasil? Como está a situação do rock, Raul?

Raul - Para mim o rock'n'roll morreu em 59. Hoje em dia o que existe é um reflexo de nossa época, da nossa cultura.

Jô - E como é que você chama a música que você faz hoje?

Raul - Raulseixismo (risadas).

Jô - E o Marcelo? O Marcelo Nova está fazendo o que Marcelonovismo ou Raulseixismo?

Marcelo Nova - É, acho que a gente tem umas coisas de identificação que já vem desde essa época que eu comecei a falar. Quer dizer, naquela época eu ouvia Beatles, Rolling Stones, vinha tudo de outro continente, né? Aí eu descobri que existia um tal de Raulzito e uma banda Os Panteras. Eu vou lá ver, e aí me apareceu esta figura (aponta para Raul) vestida de couro e de topete. Eu olhei e disse: um dia quero ter uma Banda. Foi esse o primeiro contato ao vivo.

Jô - Você queria ter o que? A banda ou o topete?

Marcelo Nova - Os dois bicho...os dois. Tinha aquele negócio da cuspida do chiclete que era esteticamente importante. Naquela época era muito importante você usar a gola da camisa para cima e cuspir o chiclete.

Jô - Mas por que importante?

Marcelo Nova - Porque o pai da gente não fazia isso. o pai da gente tinha a gola assim (abaixa a gola) e não mascava. O mascar era um negócio muito complicado. Podia ser muito arriscado inclusive.

Jô - Marcelo, agora que você falou este negócio de cuspir, eu olhei de repente para você e vi o Bob Cuspe, aquele personagem do Angeli.

Marcelo Nova - Rapaz, sabe que quando eu comecei, durante um certo tempo no Camisa de Vênus, muita gente fazia esta comparação.

Jô - Raul como é que aconteceu, você em Serra Pelada dando autográfo?

Raul - Ah rapaz! Na hora do show me deu uma dor de barriga desgraçada (risadas). Eu estava em Serra Pelada na casa de prostitutas, né? que serve para alimentar a população de garimpeiros dali. Eu fui chamado para lá mesmo. Me levaram para um buraco para fazer minhas necessidades num buraco. Eu estava defecando e as pessoas me pedindo autográfos com um isqueiro aceso para eu enxergar o buraco (risadas).

Jô - Que situação hein, Raul?!! Agora sobre o novo disco. Vai ter a foto dos dois na capa, né?

Raul - Vai ter nós dois.

Jô - E vai chamar A Panela do Diabo, e os dois demoninhos cozinhando naquela panela.

Marcelo Nova - É. Nós fomos tocar no interior de São Paulo, e o disco estava em andamento e não tinha nome ainda. Aí estavamos dentro do camarim esperando para subir no palco, veio uma pessoa com uns panfletos que estavam sendo distribuídos na entrada alertando os jovens do perigo de assistir um show de Raul Seixas e Marcelo Nova porque nós éramos a encarnação do demônio. E fazia uma analogia com textos do Raul - Eu nasci há 10 mil anos atrás.

Raul - Que eu vi Cristo ser crucificado.Eu era o diabo que estava ali no meio.

Marcelo Nova - Pois é, e eu olhei para o Raul e disse: bicho, taí o nome do disco. Agora, mais do que nunca vai se chamar A Panela do Diabo. São eles que querem.

Jô - E vocês podem mostrar para a gente alguma coisa do disco novo?

Marcelo Nova - É claro. Está aqui a Banda Envergadura Moral que já acompanhou a gente em 43 shows. Jô - Então vamos lá: Raul Seixas, Marcelo Nova e a Envergadura Moral... (Raul e Marcelo cantam Carpinteiro do Universo)

sexta-feira, 25 de março de 2011

profetico?

Seria ele, Raul Seixas um homem profético na beira de sua morte, quando com convicção disse a seguinte frase.

''NÃO MORRI DE OVERDOSE.MORRI DE TÉDIO''

Quando eu li essa frase eu fiquei pasmo, pois ele sabia bem que morreria de overdose, que foi motivada pelo tédio e vice-versa, e sim, essa é a beleza do Raul, essa coisa magica e louco que ele sabia, e em muitas de suas musicas ele estava muito tempo a frente, com pensamentos meio ''proféticos-malucos''

EI RAULZITO, VC É MEU PSICOLOGO CARA

quinta-feira, 24 de março de 2011

raul seixas e as drogas

Raul Seixas e as drogas

Uma das facetas menos exploradas e pouco discutidas do genial cantor e compositor da Música Popular Brasileira foi a sua utilização de drogas durante a maior parte de sua carreira. Incluo aqui, no rol das drogas, o álcool, a cocaína, a maconha e o éter. Destas drogas, a que o Raul Seixas menos consumiu foi a maconha, por achar que o deixava com o pensamento lentificado. Coisa para Hippies, ele falava.

Desta forma, para tentar lançar uma luz dentro deste aspecto que se tornou um verdadeiro tabu na biografia de Raul Seixas, o qual, em minha opinião, afasta muita gente de tentar tomar conhecimento de sua grandiosa obra, eu resolvi fazer uma coletânea das principais referências ao assunto, constantes da bibliografia existente. Muitas destas assertivas foram feitas pelo próprio Raul Seixas e por alguns de seus familiares. Passei então este material à análise de um conhecido psiquiatra do Rio de Janeiro, Dr Pedro Paulo Nunes Braga, que após analisar detalhadamente estes documentos respondeu à várias perguntas por mim efetuadas e que fazem parte da Parte 2 deste artigo. As seguintes referências e citações, constante da bibliografia sobre Raul Seixas abaixo transcritas serviram de base para esta análise por parte do profissional acima citado:

1) Vida e Obra de Raul Seixas no cinema:

Este documento é uma entrevista dada recentemente por Kika Seixas ao jornalista Wanderley Araújo, correspondente da Agência Amazônia no Rio de Janeiro, sobre um filme documentário sobre Raul Seixas que está sendo preparado para entrar no circuito em 2007:

- Foi difícil conviver com o Raul alcoolizado e drogado?

Kika Seixas: Não foi fácil porque a situação foi se agravando cada vez mais. O nosso casamento saturou porque chegou num ponto em que o Raul não conseguia mais se desvincular do seu personagem. Ele passou a ser artista o tempo todo. Não conseguia tirar um tempo para o Raul pai, o Raul esposo, o Raul mais família. Eu acho até que o fato de estar sempre incorporado no papel de roqueiro foi um artifício que ele encontrou para criar uma barreira, uma forma de eu não poder repreendê-lo por estar alcoolizado e sob efeito de cocaína. O Raul consumia muito álcool, mas a cocaína ele só cheirava para compor. Ele achava que aquilo dava uma agilidade. No começo o pó ajudou muito, na cabeça, na fantasia dele, ele achava que entrava num processo de criação muito mais ágil e intenso, e a cocaína faz isso realmente. Ele acabou ficando dependente dela apenas para compor, porque no dia a dia ninguém consegue cheirar cocaína toda hora, a gente tinha filha para criar, tinha show para fazer. A bebida era a substância que ele fazia uso constante, a qualquer hora poderia estar bebendo. Nos shows o Raul não gostava de cheirar, porque ficava tenso. Ele gostava da cocaína nos momentos intimistas em que estava compondo. O Raul gostava de dizer que depois de dar uma cheirada ele ficava arquitetando como o professor Pardal, aquele cientista dos quadrinhos.

- Raul injetava drogas?

Kika Seixas: Nunca! Ele tinha horror à injeção. Há muitas fantasias sobre a vida de Raul. Uma delas foi inventada por uma editora espírita que lançou um livro sobre um tal Roqueiro do Além. O livro dizia que o espírito do Raul tinha baixado em não sei quem, e que o Raul estava agora no céu dizendo aos jovens que não se picassem, que não tomassem LSD. Não é verdade. Raul nunca se picou, tinha horror à agulha, não tomava LSD e não gostava de maconha. Achava que a maconha chapava muito, deixava-o lento para produzir. Eles venderam cinqüenta mil livros com essa farsa. O editor tentou se desculpar dizendo que aquilo foi uma forma de usar o prestígio do Raul para alertar os jovens sobre o perigo das drogas, mas eu achei um absurdo e disse a ele que não podia usar o nome de um artista, inventando uma situação monstruosa dessa para virar exemplo.

- As drogas só vieram depois de um tempo na carreira de Raul?

Kika Seixas: Até Ouro de Tolo, o Raul não conhecia cocaína. Só depois ele veio experimentar e gostou muito do efeito, da agilidade que proporcionava durante o processo de criação. As drogas do Raul foram álcool e cocaína. Ele tomou também pílulas contra depressão.

- Como foram os últimos momentos do Raul?

Kika Seixas: Não sei em detalhes porque não éramos mais casados. Ele estava solteiro, sua última mulher tinha sido a Helena Coutinho. Mas o fato é que era um final de semana e a Dalva, a empregada que forçava-o a tomar injeção de insulina contra a diabete, não estava em casa. Ele estava bebendo e ficou sem tomar insulina. Não agüentou. O Raul consumia Vodca, mas no final da vida só estava bebendo cerveja, o estômago rejeitava Vodca e ele vomitava. O fim da vida do Raul foi dramático. Ele estava inchado, não comia, tinha diabete, era hipertenso e estava com pancreatite aguda. O Raul muitas vezes caía em casa. Ele tinha um problema que poderia ter sido controlado se abandonasse o álcool, mas nunca aceitou o alcoolismo dele.

2) Declarações do próprio Raul Seixas, contidas na página 173 do livro “O Baú do Raul”, de Tárik de Souza e Kika Seixas.

Situações Vergonhosas

Eu jamais poderia mostrar ao mundo circundante atitudes e episódios tão chocantes e alarmantes sabendo da delicadeza do meu trabalho como um cantor e compositor de nome. Para ser objetivo, várias foram as minhas "vergonhas alcoólicas":

Em todas as excursões que fiz através do Brasil junto com meu conjunto e empresários, devido à sempre ser bem-sucedido nas apresentações, voltava na euforia da vitória e isso era, por certo, um bom motivo para beber. Ainda no palco, cantando, não via a hora de terminar meus 45 minutos para "comemorar" no hotel com algumas fãs e colegas de trabalho. E era uma conversalhada danada, e como era de se esperar, entre fileiras e mais fileiras, entre esvaziar a geladeira e mandar o hotel repor as bebidas, eu atendia às expectativas dos fãs e de todo mundo, sendo como sempre o centro das atenções. Após a festa acabar e todos irem embora eu continuava bebendo e cheirando, sabendo que pela manhã tinha que pegar o avião e ir para o outro estado para outro show à noite. Bebia sozinho ou com alguém até o ponto de chegar a quebrar o hotel. Quebrava os espelhos da sala, cama, quebrava tudo e no outro dia a cidade que eu deixava estava com a notícia noticiando minha façanha.

Uma outra vez, na cidade de Caieiras, no interior de São Paulo, estava tão bêbado que o público achou que não era eu que estava ali, pois eu esquecia as letras de minhas próprias músicas; era uma seqüência de "brancos" no palco. O público começou a ficar irritado e a gritar: "Fora farsante". Ainda por cima tive a audácia de me sentir indignado com a reação da platéia, vociferando para eles. Mandei chamar a polícia para me proteger de um linchamento. A polícia veio e me prendeu. Fui espancado, pois não conseguia sequer provar minha identidade ante o delegado. Nunca andei com documentos, confiava no nome e esqueci de me lembrar de não confiar no álcool.

Outra feita não compareci a um grande show na casa de espetáculos Adrenalina, onde o público quebrou a casa inteira, inclusive a aparelhagem de som, dando um prejuízo enorme e também pessoas foram pisoteadas e gravemente feridas.

Utilizei uma menina de onze anos, filha de Lena, para comprar éter na farmácia, pois já não vendiam para mim. Meu irmão, quatro anos mais novo do que eu, veio da Bahia para o Rio me visitar sabendo do meu problema. Eu sempre fui o seu herói e professor, ele sempre me respeitou. Hospedou-se lá em casa e me convidou para jantar fora. Minha ex-esposa não podia ir, pois tinha algo a fazer. Como eu não podia beber em sua frente, no restaurante, e a compulsão aumentava insuportavelmente, eu fui ao balcão e segredei ao barman para botar uma dose dupla de vodca na pia do banheiro. Sentei e conversei nervosamente com meu irmão dando tempo necessário para a trama. Pedi licença para ir ao banheiro, andei rápido, abri a porta e... O copo estava servido lá. Mas, no momento que pus as mãos em torno do copo, uma outra mão por detrás segurou a minha e tomou a bebida. Eu não ofereci resistência, e a bebida foi despejada na pia. Era meu irmão sério e determinado que me olhava fazendo-me esboçar um sorriso tímido e amarelo, bem infantil. Nunca me senti tão mal; foi uma experiência terrível. Em 74 abandonei minha primeira esposa e filha no meu primeiro apartamento, que comprei com esforço pela Caixa Econômica Federal. Abandonei as duas sem nenhum aviso, indo então para uma temporada em Brasília levando comigo a irmã do meu guitarrista americano. Seu nome era Gloria, que visitava o Brasil. Minha futura e segunda esposa. Minha família é que deu apoio moral e financeiro à Edith e à Simone, em Salvador; esta minha filha sou proibido de ver faz onze anos.

Fui internado por minha quarta esposa, mãe carioca da minha filha mais moça, pelo menos umas dez vezes. Enfermeiros fortes invadiam a minha casa no Brooklin e me jogavam na ambulância, sob os olhos de todos os vizinhos, e me levavam para hospitais psiquiátricos. Devia dinheiro em tantos bares da redondeza que para achar um novo tinha que dar voltas homéricas para escapar de ser visto. Às vezes minha música estava tocando numa padaria que não queria me servir, mas por causa da minha música que tocava na rádio era eu servido pelo cara que por certo achava que eu tinha alguma importância. Eu salvo pelo gongo. Ali naquele momento, com pose de artista, eu aproveitava e bebia enquanto o cara achava que eu era o Raul Seixas e não um bêbado...

Vila Serena - São Paulo, 31/9/1987

3) Declarações do próprio Raul Seixas, contidas na página 27 do livro “O Baú do Raul”, de Tárik de Souza e Kika Seixas.

Auto-Análise

1 - Não gosto de dar as costas a lugares. Imagino que algo vem atrás de mim.

2 - Inquietação. Tensão. Temo o possível desgoveno da minha mente criando algo que eu não quero ver.

3 - Temo a morte e todos os fatos que circundam este assunto.

4 - Nunca sento na latrina, sempre fico de cócoras. Algo me inquieta no sentido de que eu possa ser atacado por baixo (verme).

5 - Não gosto de escuro quando estou só (eu e minha mente).

6 - Sonho muito sendo perseguido.

7 – Ponho sempre a culpa no mundo por meus atos.

8 - Quando, ao banhar-me no chuveiro, tenho que passar sabão no rosto, inquieto-me de ter que conservar os olhos fechados e não saber o que se passa. Rápida e nervosamente tiro o sabão dos olhos para ver.

9 - Sensação de que estou sempre sendo observado, manifestação esta que, só se processa quando estou só, geralmente é noite e silêncio. Mesmo quando subo as escadas do edifício quando chego tarde do trabalho, subo inquieto, tenso, pois sempre está presente aquela sensação de que algo vem atrás.

10 - Uma vez meu irmão, meu primo e eu (os três influenciados por crendices na época) sentimos medo no quarto afastado da fazenda, e "acreditamos" que um conhecido nosso havia morrido e acreditamos tanto naquilo que sentimos que "ele" estava ali para nos avisar. Ficamos gelados, tremendo sem parar, brancos, como se tomados pelo espírito da pessoa.

1971


POSTAGEM TIRADA DO BLOG http://raulsantosseixas.multiply.com/

quarta-feira, 23 de março de 2011

LICENÇA? AFF

Esse blog não tem licença, pow, cade a alma da sociedade alternativa, pra que tantas leis, faz o que tu queres, de ser tudo da lei.
Essas leis são totalmente contra a idéia do Raul, o que significa as musicas dele, em, as mensagens nelas expressas, vc poderá usar o que aqui foi publicado, mas será por sua conta e risco.

POR HOJE É SÓ

fotos inéditas [4]





Raul Seixas e o anarkismo

Desde quando me entendo por gente decente , isso não faz tanto tempo, sempre fui um pouco anarquista, pois na verdade,lá no fundo,nunca quis ser ''governado'' por outros.
Talvez tenha sida nas musicas do Raul, que eu tenha aperfeiçoado esta ideia anarquista, por que , cai entre nós, Raul Santos Seixas pode sim ser considerado um anarquista.
Para quem não sabe, deveria saber, anarquismo não é falta de ordem, é falta de coerção, ou seja, falta de um comandante, é ter a cara de faser um grupo e executar uma ação, sem precisar de um líder, um organizador, talvez.
Raul Seixas sempre deixou claro em suas musicas, a ideia de revolta, de egoísmo, de amor, de revolução, de ANARQUISMO( paramos aqui, Raul deixou TUDO claro), e isso talvez tenha feito com que Raul se transformasse num cantor único, com ideias e sociedades próprias e muitas das ideias são ''puxadas'' ao anarquismo, abaixo um exemplo

''Todos os partido são variantes do absolutismo.Não fundaremos mais partidos, o estado é o nosso estado de espírito...(RAUL SEIXAS)

Acima temos uma frase que mostra as ideias sempre um pouco do lado do anarquismo, mas sem perder aquela ideia do Raul, aquela coisa que parece magica, pois ele sabia como atingir o publico com uma musica inteligente e ao mesmo tempo sarcatisca, com um pouco de magia e misturada com realidade, sim, esse é Raul Seixas


terça-feira, 22 de março de 2011

mais um dia se fechando

mais um pensamento glorioso do mestre pra vcs

"Eu já fui de vários jeitos
Jeitos que não eram eu
Demorei a encontrar meu caminho
Trilhando caminhos que não eram o meu
Mas ao longo dos caminhos
Encontrei muitas flores
E também muitos espinhos
Descobri vários amores
Enfrentei vários temores
Pelas beiras dos caminhos
E eles foram se fundindo
Todos em uma coisa só
Os caminhos, os amores
E os temores
Tudo o que encontrei
Tentando ser o que não era eu
Transformou-me no que eu sou
E formou o caminho
Que finalmente era o meu..."

té mais pessoal legal

As mensagens subliminares

Estava trocando idéias com meu professor de violão e ele me explicou correctamente como funciona as mensagens subliminares na musica.Existe a midia normal, que é a própria musica, e a midia inversa, que quando um disco é rodado ao contrário, pode se encontrar mensagens.
Eu estava observando algumas musicas do Raul e descobri algumas ''mensagens''ex,,,''jesus tá foda''(maluco beleza) e algumas coisas que falavam de bruxas e lua, que pareciam meio sem sentido.
Mas sempre me questionei porque existem mensagens subliminares, para que servem, e nesses breves pensamento, suponho que deve ser um tipo de lado B dos cantores, ou talvez uma forma de driblar as pessoas que ouvem e talvez não entendem.
O Raul, convenhamos, tem uma imensidão de mensagen subliminares em suas musicas, mas o problema de estuda-las é que a tecnologia convencional de hoje em dia, não permite ouvi-las com nitidez, e talvez tomamos ideias errados sobre tal cantor.
Portanto, suponho, meio que um apelo mudo, pra que se alguém que tenha uma tecnologia mais avançada, e que é fã de Raulzito, que tentasse entender estas mensagens e decifra-las, pra quem sabe descobrirmos um lado mais magico do Raul, mais do que ele é.

O tal do filme

Estou aqui hoje é exclusivamente ora esclarecer a tal da história do filme do Raul, o falso e o verdadeiro, para fãs que ficaram meio leigos no assunto

O FALSO
Andaram veiculando ideias de que fiuk, seria o novo Raul Seixas num tal filme chamado Raul Seixas, a metamorfose ambulante, porem a noticia se espalhou e criou revolta.
A maioria dos fãs de Raulzito ficaram revoltado, mas depois, acalmaram, porque descobriram que o tal filme e mais falso que nota de três reais. Portanto o filme é falso.
.

O ORIGINAL.
como a maioria de nós sabemos, existe um filme chamado, Raul, o inicio o fim e o meio, que segundo noticias na revista GALILEU, o filme foi lançado dia 4 de Março, abaixo o cartaz.
É, É, ISSO.

segunda-feira, 21 de março de 2011

e para fechar mais um dia

a frase que o poeta eterno deixa pra vcs

"-Deus tem mais de mil nomes:
dinheiro
ídolos
gurus
carro
cigarro
drogas
o Salvador
livros
desejos insatisfeitos
sexo neurótico
status
sonhos
muletas
casa
hobbies
cinema
TV
rádio
e a pergunta POR QUÊ?"

Raul Seixas

o poeta de sempre pessoal, e amanha tem mais, e principalmente a história do tal filme, o falso e o real, até mais povo

fotos ineditas[3]





os melhores cover's de raul seixas

estou reunindo aqui os mais conhecidos e melhores covers de raul seixas, mas sem contato, pois aqui só estarei mostrando como raul seixas tem uma importância enorme para seus fãs de carteirinha.

J.Peron~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~


Leo Seixas~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~

Amorim Menezes~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Raulzito cover~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Roberto Seixas~~~~~~~~~~~~~~~~~

Ayrton Ramos~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Wilson Seixas~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Dylan Seixas~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Alexandre Seixas~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~


como todos nós sabemos, esses são apenas alguns cover de Raul Seixas, mas existem milhares e milhares por ai, mas coloquei aqui os mais conhecidos.este blog nao é especializado em covers, mas acho legal publicar aqui os fãs mais malucos do maluco beleza, quem quiser entrar em contato, procurar no google pois aqui coloquei a importância de covers do Raul Seixas, e a importância do próprio Raul no dia a dia.

domingo, 20 de março de 2011

e para fechar o dia, uma frase do mestre

''Eu já entrei vinte vezes no escritório do psicanalista
Depois paguei ao médico e depois fui ao dentista
Para ver o que eu tenho e não consigo dizer.
Perguntei a toda gente que passava na rua
Ao patrão, à minha sogra, à São Jorge na lua
Mas nenhuma dessa gente conseguiu me responder.
Por causa disso eu fui pra casa e fiquei pensando
Se era eu que estava errado com as minhas maluquices
Ou se era o mundo todo que estava me enganando.
Arrumei as malas
Deixei as perguntas na gaveta
Procurei saber o horário do próximo cometa
Me agarrei em sua cauda e fui morar noutro planeta.''
Raul Seixas

por hoje é so pessoal, amanha tem mais

milionario e jose rico cantam gita

quem diria em, ate as maiores lendas da musica sertaneja(que eu particularmente não gosto muito) tocam Raul

link--- http://www.youtube.com/watch?v=wuDraNXD0mg

não milionário e José rico gravaram musica do Raul, abaixo uma lista de musicas que foram feitas para homenagear Raul Seixas

para Raul- ramalho
http://www.youtube.com/watch?v=i1URtJAl5U8 (esta musica foi tirada do dvd que ramalho canta varias musicas de Raul)

um canto para Raul-césar di

link--- http://www.youtube.com/watch?v=k_4XD6DVBn4

toca Raul--- Zeca Baleiro

link--- http://www.youtube.com/watch?v=_-QFowe174k


essas são apenas algumas, abaixo segue uma ''listinha'' de musicas sejam homenagens ou do mesmo cantada por outros

fotos ineditas[2]





j peron interpreta raul seixas

e isso ai, j peron e o cara que interpreta o raul seixas em varios programas, e um cover, e abaixo uma foto e o endereço pra quem quiser entrar em contato

http://www.jperon.com.br/



e abaixo o link de um video dele cantando gita

http://www.youtube.com/watch?v=Ks5xWUjF8lg&feature=fvst